segunda-feira, 6 de julho de 2009

SEM PREVENÇÃO NÃO HÁ SOLUÇÃO

Mais uma vez a evidência escancara a nossa porta e os planos de saúde dão abrigo a uma inércia incompreensível, que ameaça sua própria sobrevivência.

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) identificou de cara, em 35 mil atendimentos realizados em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde, que uma em cada três pessoas tem elevado risco cardiovascular, que pode levar ao infarto ou derrame (AVC).

Esses atendimentos foram realizados com pacientes do SUS no Mutirão do Coração, mas é óbvio que igual cenário poderá estar entre os beneficiários das operadoras e autogestões, ameaçando a qualidade de vida da população assistida e com perspectivas sombrias para as finanças dos respectivos planos.

Enquanto é apenas um número, o beneficiário de risco vai gastando aquele pouquinho com algumas consultas e exames e, desconhecido dos gestores, não percebemos que ali está um belo exemplo a ser posto em prática de como cuidar da saúde sem esperar para gastar com a doença.

É tão fácil e barato fazer uma avaliação clínico-epidemiológica das carteiras de saúde! Ainda custo a crer que a maioria não toma essa providência simples, de mandar fazer uma fotografia (ou radiografia) da sua carteira, para ver como está sua população “por dentro” e assim orientar suas ações estratégicas.

E aí vão fechando os planos de saúde, de cerca de 2 mil operadoras há 10 anos, para 1.259 hoje, com muitas em grandes dificuldades, embora o número de beneficiários tenha crescido muito nos últimos anos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Há experiências positivas nesse sentido e a CASSI, depois de alguns anos de estudo, está chegando lá.