Bendito sejam os engarrafamentos, as dificuldades do dia-a-dia, a briga diária com nossos rebentos para escovar os dentes, tomar banho, voltar cedo para casa e dirigir com cuidado.
Pior é a situação de inúmeras famílias que tem seus filhos pequenos prostrados em leitos de hospitais, algumas vezes sem esperança diante de uma situação irreversível.
Ao longo de toda a minha experiência nos setor de saúde, principalmente quando trabalhei na Campanha Nacional de Combate ao Câncer do Ministério da Saúde, vi cenas de cortar o coração: pais e mães num estado íntimo de desespero e profunda tristeza que nunca me sairão da mente, se contrapondo à alegria das crianças nos hospitais, que ignorando a própria sorte se divertem com os brinquedos, as companhias e os recursos oferecidos em alguns desses lugares como um complemento terapêutico.
O Instituto Nacional do Câncer estima que em torno de 85% das crianças acometidas de câncer tem chances de cura e a maioria dessas crianças terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Mas enquanto a cura não vem, ficam o desespero e o sofrimento do câncer infantil que, a meu ver, é uma maldade da natureza. Ah, se pudéssemos trocar de lugar com nossos filhos nessas horas!
Josué Fermon é Consultor
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