terça-feira, 9 de novembro de 2010

O CUSTO DA DESCONFIANÇA ENTRE OPERADORAS, PRESTADORES E USUÁRIOS.

Continuamos assistindo à preocupação das operadoras com o custo dos prestadores de serviços, ao mesmo tempo em que vemos um número de usuários cada vez maior, insatisfeito com o seu plano de saúde.

Não é possível entender quando uma enfermeira que faz regulação ou a chamada auditoria prospectiva proíba o fornecimento pelo prestador, de um antibiótico prescrito pelo médico assistente, levando aquele paciente à internação em UTI por conta do agravamento de seu quadro clínico.

Obviamente, o custo e a insatisfação do usuário vão aumentar com internação hospitalar desnecessária e a desconfiança contra o seu plano vai persistir. A enfermeira, que pertence ao órgão pagador, determinou e pronto, fim de conversa. Depois ela mostra em seu relatório o quanto o setor de auditoria economizou, negando aquele serviço, material ou medicamento.

E aí? Como ficam o respeito à soberania médica e ao plano de cuidados elaborado previamente para tratar em domicílio aquele paciente e seus problemas?

É o lenga-lenga de sempre: não dá mais para o nosso sistema de saúde continuar se preocupando apenas com o caixa da empresa, esquecendo seu foco principal que é o cliente. É prejuízo na certa!

A preocupação com os gastos deve existir, sim, mas está comprovado que ao se preocupar com a saúde dos seus beneficiários as operadoras ganham muito mais em satisfação e qualidade de vida de quem lhes paga e no final das contas é mais econômico, também.

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br

 

quarta-feira, 23 de junho de 2010

CENTRAL DE PARECERES - SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA

Não se sabe quantos partos cesarianos, quantos úteros arrancados e quantos outros procedimentos cirúrgicos são feitos desnecessariamente no Brasil.

Com consultas curtas e sem ouvir adequadamente os pacientes, é necessário que haja mecanismos de proteção para evitar internação ou cirurgia quando existir outras possibilidades de tratamento.

Cada caso é um caso, mas as operadoras de planos de saúde e as auditorias médicas sabem o quanto isso custa, quando precisam fornecer uma autorização ou analisar uma conta médica baseada na história clínica do paciente.

A Universidade de Cornell (EUA) analisou os resultados da segunda opinião médica e concluiu que 27,6% dos pacientes não tinham confirmação cirúrgica, sendo que 82% desses últimos não foram submetidos a cirurgia após seis meses de seguimento e 77,9% continuaram sem a cirurgia após um ano.

Essa economia se estende aos exames de patologias: em revisão de lâminas, o custo/benefício de cada US$ 1,00 investido representou uma economia de US$ 1,91, transformando diagnósticos malignos em benignos. Nos EUA, há estimativas feitas por seguradoras privadas que 25% dos laudos de radiologia das mamas são errôneos ou mal interpretados.

Portanto, a Central de Pareceres é muito bem vinda por aqueles planos de saúde que buscam um diferencial de mercado com redução de custos, checando auditorias médicas, dispensando internações e exames desnecessários. Procure-nos para mais informações.

 

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar.

 

www.fermon.com.br

 

sexta-feira, 14 de maio de 2010

WOKSHOP EM BRASÍLIA: CENTRAL DE PARECERES, PAGAMENTO POR DESEMPENHO E GESTÃO DA SINISTRALIDADE

A melhor maneira de conhecer, controlar e organizar os atendimentos aos clientes de uma operadora de plano de saúde é trazer para “dentro de casa” uma estrutura bem pensada, com resultados positivos em curto espaço de tempo.

Esta é uma das propostas do Workshop “Ferramenta e Ações para a Gestão da Sinistralidade” que será realizado em Brasília no próximo dia 8 de junho, das 8 às 12:30 horas.

Conheça a metodologia para implantar programas de custos efetivos de gerenciamento da saúde e também como estruturar um centro de prevenção e promoção da saúde eficiente, desenvolvendo projetos com os incentivos da ANS.

Outro tema do workshop será como funciona o modelo de remuneração médica baseada na performance e o resultado brasileiro que está sendo implantado em várias operadoras de saúde.

Saiba também o que empresas como NAGIS, ECOM, POSITIVO Informática e MICROSOFT  fizeram. Veja como a Unimed Juiz de Fora conseguiu implementar ações simples para redução da sinistralidade, que resultaram em economia de milhões de reais.

Ao final, será o lançamento nacional da CENTRAL DE PARECERES, um serviço que faz a intermediação com médicos especialistas no Brasil e no mundo para emissão de pareceres que subsidiam tecnicamente a auditoria nos planos de saúde.

Mais informações: www.nagis.com.br

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br

 

domingo, 9 de maio de 2010

SEXO CINCO VEZES, HEIN? QUEM DIRIA!

Cada vez me convenço de que as meninas que andam rodando bolsinhas por aí, têm tudo a ver com a saúde de muitos brasileiros.

Depois que o ministro da saúde sugeriu sexo 5 vezes por semana para evitar o risco cardiológico, a gente se pergunta se não é hora de regulamentar a profissão dessas garotas, porque nem sempre nossas senhôras (o acento circunflexo é proposital) vão concordar com a medida terapêutica.

O que os sessentões vão fazer para atender à prescrição médica do ministro, quando não encontrar tanta disposição em casa?

O ministro está certo de que sexo é uma atividade de tirar o fôlego e evita problemas no coração, mas com sérios efeitos colaterais que são problemas no casamento, ainda que o sistema de saúde financie o “tratamento”.

Sensato mesmo é a atenção primária à saúde que tanto nos falta. Quando tivermos os postos de saúde funcionando integralmente como porta de entrada no sistema de saúde pública, aí vamos ver que ninguém vai querer ir a hospital, porque a maioria dos problemas vai ser resolvida no posto perto de casa.

As operadoras de saúde entram nessa, credenciando clínicas de contenção, ou seja, ambulatórios de regulação médica que referenciam seu pacientes para as unidades mais complexas apenas quando necessário.

Desta forma, estará de volta o velho conceito do “médico de família” que agora passa a ser uma equipe multidisciplinar que conhece cada um dos seus assistidos.

Sexo não é tudo!

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br/

 

segunda-feira, 26 de abril de 2010

SALVE-SE QUEM PUDER. NÃO É VULCÃO NEM FURACÃO, É REGULAÇÃO.

Não sei como aguentam os dirigentes de uma operadora de plano de saúde, diante de tanta conta para pagar e tantos usuários querendo mais, muito mais. Querendo, reclamando e brigando.

Por outro lado, a sempre presente ANS aumentando o rol de procedimentos (virá nova leva em junho/2010) na busca de regular o mercado sempre muito competitivo, mas por vezes descuidado, porque não faz o dever de casa.

E assim estão muitas operadoras pelo Brasil afora, que ainda cuidam das suas coisas como antigamente, quando tudo podia. Hoje não dá e quem não se ajustar não vai se salvar.

Claro, não há como sobreviver sem um choque de gestão verdadeiro, por incrível que possa parecer, afrouxando as amarras, diminuindo a regulação médica e o controle excessivo do que fazem os prestadores e se voltando mais para a defesa da saúde. Isso é inovação!

Já disse aqui que no dia em que os prestadores forem vistos como aliados das operadoras, unidos na busca do bem comum, todos vão sair ganhando e os usuários vão dar pulos de alegria. Pulos, sim. Saudáveis pulos de alegria com tudo em forma.

Não vejo a hora de ver as operadoras chamando essa gente em casa para fazer prevenção. Isso é fácil e sai mais barato, agradando a todos. Os médicos, por sua vez, se tiverem o pagamento por desempenho, irão atender com mais tempo, certos de que melhorando a saúde dos usuários vão ter um bônus lá na frente compensando a dedicação. Os hospitais também.

 

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

 

www.fermon.com.br

 

sexta-feira, 19 de março de 2010

WORKSHOP: FERRAMENTAS E AÇÕES PARA A GESTÃO DA SINISTRALIDADE

A melhor maneira de conhecer, controlar e organizar os atendimentos aos clientes de uma operadora de plano de saúde é trazer para “dentro de casa” uma estrutura bem pensada, com resultados positivos em curto espaço de tempo.

Esta é uma das propostas do Workshop “Ferramenta e Ações para a Gestão da Sinistralidade” que será realizado em São Paulo nesta terça-feira, 23 de março e depois no Rio, Brasília e Porto Alegre.

Lá vamos conhecer uma proposta de metodologia para implantar programas de custos efetivos de gerenciamento da saúde e também como estruturar um centro de prevenção e promoção da saúde eficiente, desenvolvendo projetos com os incentivos da ANS.

Outro tema do workshop será como funciona o modelo de remuneração médica baseada na performance e o resultado brasileiro do que está sendo implantado em várias operadoras de saúde.
Saiba também o que empresas como NAGIS, ECOM, POSITIVO Informática e MICROSOFT  fizeram. Conheça como a Unimed Bauru conseguiu implementar ações simples para redução da sinistralidade, que resultaram em economia de milhões de reais.

Ao final, teremos o lançamento nacional da CENTRAL DE PARECERES, um serviço que faz a intermediação com médicos especialistas no Brasil e no mundo para emissão de pareceres que subsidiam tecnicamente a auditoria nos planos de saúde.

Compareçam!

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.nagis.com.br

terça-feira, 9 de março de 2010

BRIGA POR PREÇOS: UNS PUXAM PARA CIMA, OUTROS PARA BAIXO

Mais de 55 investigações correm na Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, a maioria relacionada com a formação de cartel na saúde, seja de médicos, hospitais ou de operadoras.

Há muito tempo vemos uma disputa ferrenha entre hospitais, médicos e planos de saúde, na briga por preços. Uns puxam para cima, outros puxam para baixo, esgarçando no meio os sofridos usuários.

Há quem chame de cartel das operadoras através da Unidas, ou dos médicos através das associações médicas e do sindicado de hospitais, mas na verdade, o que falta é a preocupação com a saúde em primeiro lugar e depois com a doença.

Cuidar da saúde é inerentemente mais barato do que cuidar da doença, mas as pessoas custam a entender isso. Saúde melhor tem custo menor e mais dinheiro sobrando para pagar bem. Elementar.

Além das ações preventivas primárias (promoção da saúde), secundárias (mudança de hábitos de vida e exames regulares) e terciária (gerenciamento de doenças existentes), há outra solução salvadora da qual ainda se fala pouco no Brasil, que é o pagamento por desempenho a médicos que se dedicam à saúde e não à doença de seus pacientes.

Adicionar aos honorários da assistência médica um bônus (pagamento por desempenho) sempre que a saúde daquela população estiver melhor, garante melhor desempenho dos profissionais, menor gasto com internação e exames,  caem os custos e aumenta a satisfação de todos. É simples assim.

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br

 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

GANHO DE ESCALA NA SAÚDE, OU MELHOR, NA DOENÇA.

Éramos nove pessoas para ser atendidas e 40 minutos depois da hora marcada chega o médico que logo me chama. Em cravados três minutos ele deu uma rápida olhadinha no meu tornozelo dolorido e decretou: – Precisamos fazer uma ressonância magnética!

Disse-lhe que eu era consultor de planos de saúde, com trabalhos inclusive para o meu plano – a GEAP, e meu foco é a redução de custos das operadoras. Incontinenti, ele alterou a prescrição e receitou um anti-inflamatório “que certamente resolverá o problema”.

Certo ou errado, esse é o modo com que tratamos os 42 milhões de usuários da saúde suplementar no Brasil. Consultas rápidas, mal pagas e, sempre que possível, com exames, muitos exames.

Nos países onde a assistência médica é paga com base no cuidado integral e também pelo grau de satisfação do paciente, os resultados são excelentes e neste cenário, nossos atuais planos de doença seriam verdadeiros planos de saúde. Essa forma de pagamento por desempenho é ainda recente no Brasil, mas está avançando e logo vai ser adotada até como uma questão de sobrevivência do sistema, desde que associada com as ações preventivas.

Assim, as operadoras deixarão de se preocupar com o pagamento do elevado número de consultas e de exames e, por sua vez, os médicos e hospitais não terão que buscar o ganho em escala, passando a ganhar na medida em que a saúde de seus pacientes esteja melhor. Todos se darão bem.

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br

 

 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A DIFÍCIL BOA VIDA DOS SESSENTÕES

Será que a turma dos 60 aos 70 anos precisa de privilégio na fila da loteca? Ou de estacionamento na porta dos bancos? Aos bancos não vão mais e a loteria é uma distração.

Precisamos encarar com seriedade esse grupo que está crescendo exponencialmente e o que fazer para ocupar tanta gente mais ativa e disposta, sem descuidar da sua boa vida.

Faço parte da diretoria de um dos mais exclusivos clubes de Brasília, que historicamente prestigia as pessoas com mais de 60 anos, ou isentando de taxas ou promovendo as mais diversas atividades para essa turma sempre presente.

Ocorre que essa presença cada vez aumenta mais e nos vemos na iminência de controlar a tal turminha espevitada, tanto na freqüência a festas dançantes, como nas atividades esportivas, onde não pagam nada ou pagam a metade dos que os outros pagariam.

Também é interessante como o comparecimento maciço de idosos afugenta, de certa maneira, os mais jovens que não querem ir a programas de “velhos” e perdem o que assisti nesta semana, um grupo de “meninos” e “meninas” na faixa dos 60, descendo de um tirolesa com mais de 500 mts. com uma alegria quase infantil.

O que fazer com tanta gente alegre, feliz e entusiasmada, que agora não quer mais parar de sair de casa, como nos velhos tempos? Quem paga a conta? Os jovens não são mais, porque estão diminuindo ou porque também estão ficando velhos.

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br

 

 

 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A TIMIDEZ DA GEAP. O MERCADO AGRADECE.

Qualquer um de nós sabe, quando na vida mundana, que as mulheres adoram os homens ousados, mas nunca, nunca mesmo, perdoam os tímidos, aqueles sem coragem para avançar um pouquinho que seja.

Assim é o jovem mercado da saúde suplementar e assim é a situação da Fundação GEAP com seus 750 mil beneficiários, dos quais cerca de 48% são compostos de idosos que estão em vias de ver seu plano de saúde ao léu.

Dentro de pouco tempo o STF - Supremo Tribunal Federal deve decidir a favor de Acórdão do TCU - Tribunal de Contas da União que só permite convênios daquela operadora com seus instituidores originais, retirando um naco de 250 mil vidas da sua carteira e aprofundando suas dificuldades.

Desta forma, os beneficiários estarão livres para buscar outros planos, mas terão que se mexer muito para conseguir a mesma cobertura em igualdade de condições, o que pode ser uma grande dificuldade, já que as operadoras privadas não podem comprometer sua carteira com beneficiários de risco ou com doenças preexistentes.

Custo a entender como a Fundação Geap de Seguridade Social com seu vigoroso e promissor plano de saúde para servidores públicos, permitiu-se tamanho risco, não batalhando pela ampliação da clientela, como seria seu direito, e ao mesmo tempo, não defendendo a clientela conquistada, permitindo que forças malsãs reduzissem seu poder e a sua capacidade de crescer.

Haja timidez!

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar.

www.fermon.com.br