sexta-feira, 30 de setembro de 2016

DECÁÇOGO DO OUVIDOR (3)

1.           Manter o sigilo exigido. O segredo deve ser mantido na sua relativa necessidade e na sua compulsória solenidade, não obstante os fatos que demandem investigações terem, vez ou outra, suas repercussões sensacionalistas e dramáticas, quase ao sabor do conhecimento de todos. Nos seus transes mais graves, deve o Ouvidor ou Ouvidora manter sua discrição, sua sobriedade, evitando que suas declarações sejam transformadas em ruidosos pronunciamentos com repercussões nocivas. Fonte: ABO Nacional

 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

DECÁLOGO DO OUVIDOR (2)

1.           Agir com modéstia e sem vaidade. Aprender a ser humilde. Controlar o afã ao vedetismo. O sucesso e a fama devem ser um processo lento e elaborado na convicção do aprimoramento e da boa conduta ética e nunca pela presença ostensiva do nome ou do retrato nas colunas dos jornais e nos vídeos das tevês. Não há nenhum demérito no fato de as atividades do Ouvidor ou Ouvidora correrem no anonimato, delas tendo conhecimento apenas a administração e as partes interessadas. Fonte: ABO Nacional

 

DECÁLOGO DO OUVIDOR (1)

Ao receber uma reclamação, evitar conclusões intuitivas e precipitadas. Conscientizar-se de que a prudência é tão necessária quanto a produção da melhor e mais inspiradora decisão. Jamais se firmar no subjetivismo e na precipitada presunção para concluir sobre fatos que são decisivos para os interesses dos indivíduos e da sociedade. Concluir pelo que é racional e consensual na prática convencional das ações de um Ouvidor ou Ouvidora. (Fonte: ABO Nacional)

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A USURPAÇÃO DE UM SONHO

Acabo de ser demitido de um trabalho junto aos cerca de 50 hospitais universitários federais que me realizava muito. Na qualidade de Ouvidor Geral da Ebserh/MEC, um dos meus desafios era melhorar a qualidade de atendimento aos cidadãos e cidadãs que buscam nossos hospitais públicos. Sonhei e ainda sonho com isso todos os dias.

A mesma experiência eu tive com a rede de hospitais de câncer no Brasil, (filantrópicos), um dos quais deu meu nome a uma ala do hospital, entre tantas outras homenagens recebidas naqueles anos de Ministério da Saúde.

Acreditem, depois de um trabalho intenso para aperfeiçoar o atendimento aos sofridos usuários dos hospitais, com proposta inovadora de participação social, um substituto eventual do presidente da empresa, de passagem, representante do governo Dilma, simplesmente me demitiu, me fez desempregado. Não houve qualquer preocupação com o resultado ou mesmo o futuro do trabalho desenvolvido nesses quatro anos, aliás, objeto de tese acadêmica que estou concluindo sobre a participação da sociedade nos hospitais universitários federais.

Obras públicas nem sempre precisam de cimento e cal, apenas de sensatez e moralidade. Foi assim a construção da rede de ouvidorias dos hospitais universitários federais que tive a honra de coordenar na companhia de mais de 40 colegas do mais alto gabarito profissional.
Enfim, um sonho desfeito logo agora que o Brasil está melhorando...!

Josué Fermon

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A saúde pública tem jeito, sim.

"O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), afirmou nesta quinta-feira (28) que as decisões judiciais que obrigam o poder público a arcar com serviços do sistema de saúde deverão aumentar em R$ 7 bilhões os gastos da área para União, Estados e municípios somente este ano". (noticias.uol.com.br)

Que tal cobrar das 1.445 operadores de planos saúde o serviço prestado aos seus clientes pelo SUS, como manda a lei? Os 50 hospitais universitários federais, todos de referência nacional, poderiam liderar esse processo com assento no Conselho Nacional de Saúde. Apenas uma operadora (Amil) faturou mais de R$ 12 bilhões no ano passado e, vejam só, cresceu mais de 8% segundo a revista Exame.

JOSUÉ FERMON

www.fermon.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A PRIMAZIA DO BEM COMUM

O pai da moderna administração, Peter Drucker, previa que as novas organizações teriam estruturas simples, menos hierárquicas e mais flexíveis nas relações de trabalho (Harvard Business Review, Boston, jan/fev. 88). Haveria pessoas preocupadas em elevar suas atividades a um certo nível criativo e também comprometidas com a excelência nas relações interpessoais. "Como modelo organizacional ele cita, entre outros, o da orquestra sinfônica. Uma combinação de alta especialização individual com coordenação e sincronismo temperados por um caráter artístico" (RAE set/out 92, pg. 18).

Por isso, não basta sermos eficientes, dominarmos a modernidade tecnológica e terminarmos o dia mais assoberbados do que antes. É necessário o compartilhamento de nossas atividades cotidianas, desfazendo núcleos, integrando-nos uns aos outros e humanizando nosso dia a dia, tecendo uma rede em que os gestores são os pontos de ligação, maestros que regem esse imenso desafio de atender a população brasileira no seu legítimo interesse por um serviço de saúde mais humano e melhor.

Nessa trama, dividir informações é fortalecer os laços na busca do bem comum para que todos sejamos vitoriosos.

 O Brasil agradece.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

INOVAÇÃO NA GESTÃO DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

Há quase meio século o conceito de cuidado com a saúde foi magistralmente organizado pelos pesquisadores Leavell e Clark (*), que estabeleceram os níveis de prevenção de doenças, desde a fase pré-patogênica: prevenção primária (Promoção da saúde), prevenção secundária (Diagnóstico precoce, imunização e agravos clínicos) e prevenção terciária (Controle de doenças crônicas), lembrando que o risco à saúde do indivíduo tem três componentes distintos: a genética, o meio ambiente e o estilo de vida, aí incluída nos dias atuais a educação de trânsito.

Os esforços para melhorar o sistema de saúde no Brasil até há pouco tempo se concentraram no cuidado médico, quer seja em campanhas e programas específicos (saúde da mulher, luta contra a AIDS, saúde na escola, vacinação, etc.), quer seja na edificação de unidades assistenciais onde é consumida a maior parte dos gastos em saúde.

Quando discutimos a implantação de um hospital terciário, de alta complexidade e voltado não só para a assistência à saúde, mas também para o ensino e a pesquisa, é comum esperarmos que a preocupação com o quadro epidemiológico da região seja de outros entes públicos (autoridades municipais e estaduais).

No meu entender, sobretudo quando se trata de um hospital universitário, dado o seu caráter de ensino e pesquisa, precisaríamos traçar algumas ações de interesse direto da comunidade, incluindo o mapeamento clinico-epidemiológico do público alvo. Essas ações transcendem os limites do hospital e se apresentam como extensão universitária de fato.

A proposta seria escolher através de convênio com o governo local, postos de saúde estratégicos que funcionariam como centros de regulação médica e porta de entrada do hospital universitário.

Isso pouparia a instituição do afluxo de pacientes em situações meramente ambulatoriais que poderiam ser resolvidas nos serviços de atenção primária. Com efeito, a capacidade de solução desses problemas chega a ser superior a 90% dos casos, quando os postos estão devidamente qualificados e equipados.

Na gestão desses serviços assistências primários, haveria programas de ensino e pesquisa, assim como, a aferição da demanda classificada por grupos diagnósticos. Em atividade de ensino no campo ambulatorial, lá também estariam os residentes de medicina, de enfermagem e das outras profissões de atenção à saúde, tais como psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, etc.

Horário de academia. Não precisa dizer que a oferta da atenção primária no período de 6:00h às 22:00h, seria, além de inovadora, definitiva na obtenção de resultados satisfatórios para o hospital e para a população em geral, com enorme ganho político-institucional.

- Ah, mas isso ficaria muito caro! Será? Alguns dizem que não, depois de aferido o resultado final do exercício.

 (*) Hugh Rodman Leavell, Edwin Gurney Clark, da Harvard School of Public Health e da Columbia School of Public Health, respectivamente.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O CUSTO DA DESCONFIANÇA ENTRE OPERADORAS, PRESTADORES E USUÁRIOS.

Continuamos assistindo à preocupação das operadoras com o custo dos prestadores de serviços, ao mesmo tempo em que vemos um número de usuários cada vez maior, insatisfeito com o seu plano de saúde.

Não é possível entender quando uma enfermeira que faz regulação ou a chamada auditoria prospectiva proíba o fornecimento pelo prestador, de um antibiótico prescrito pelo médico assistente, levando aquele paciente à internação em UTI por conta do agravamento de seu quadro clínico.

Obviamente, o custo e a insatisfação do usuário vão aumentar com internação hospitalar desnecessária e a desconfiança contra o seu plano vai persistir. A enfermeira, que pertence ao órgão pagador, determinou e pronto, fim de conversa. Depois ela mostra em seu relatório o quanto o setor de auditoria economizou, negando aquele serviço, material ou medicamento.

E aí? Como ficam o respeito à soberania médica e ao plano de cuidados elaborado previamente para tratar em domicílio aquele paciente e seus problemas?

É o lenga-lenga de sempre: não dá mais para o nosso sistema de saúde continuar se preocupando apenas com o caixa da empresa, esquecendo seu foco principal que é o cliente. É prejuízo na certa!

A preocupação com os gastos deve existir, sim, mas está comprovado que ao se preocupar com a saúde dos seus beneficiários as operadoras ganham muito mais em satisfação e qualidade de vida de quem lhes paga e no final das contas é mais econômico, também.

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br

 

quarta-feira, 23 de junho de 2010

CENTRAL DE PARECERES - SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA

Não se sabe quantos partos cesarianos, quantos úteros arrancados e quantos outros procedimentos cirúrgicos são feitos desnecessariamente no Brasil.

Com consultas curtas e sem ouvir adequadamente os pacientes, é necessário que haja mecanismos de proteção para evitar internação ou cirurgia quando existir outras possibilidades de tratamento.

Cada caso é um caso, mas as operadoras de planos de saúde e as auditorias médicas sabem o quanto isso custa, quando precisam fornecer uma autorização ou analisar uma conta médica baseada na história clínica do paciente.

A Universidade de Cornell (EUA) analisou os resultados da segunda opinião médica e concluiu que 27,6% dos pacientes não tinham confirmação cirúrgica, sendo que 82% desses últimos não foram submetidos a cirurgia após seis meses de seguimento e 77,9% continuaram sem a cirurgia após um ano.

Essa economia se estende aos exames de patologias: em revisão de lâminas, o custo/benefício de cada US$ 1,00 investido representou uma economia de US$ 1,91, transformando diagnósticos malignos em benignos. Nos EUA, há estimativas feitas por seguradoras privadas que 25% dos laudos de radiologia das mamas são errôneos ou mal interpretados.

Portanto, a Central de Pareceres é muito bem vinda por aqueles planos de saúde que buscam um diferencial de mercado com redução de custos, checando auditorias médicas, dispensando internações e exames desnecessários. Procure-nos para mais informações.

 

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar.

 

www.fermon.com.br

 

sexta-feira, 14 de maio de 2010

WOKSHOP EM BRASÍLIA: CENTRAL DE PARECERES, PAGAMENTO POR DESEMPENHO E GESTÃO DA SINISTRALIDADE

A melhor maneira de conhecer, controlar e organizar os atendimentos aos clientes de uma operadora de plano de saúde é trazer para “dentro de casa” uma estrutura bem pensada, com resultados positivos em curto espaço de tempo.

Esta é uma das propostas do Workshop “Ferramenta e Ações para a Gestão da Sinistralidade” que será realizado em Brasília no próximo dia 8 de junho, das 8 às 12:30 horas.

Conheça a metodologia para implantar programas de custos efetivos de gerenciamento da saúde e também como estruturar um centro de prevenção e promoção da saúde eficiente, desenvolvendo projetos com os incentivos da ANS.

Outro tema do workshop será como funciona o modelo de remuneração médica baseada na performance e o resultado brasileiro que está sendo implantado em várias operadoras de saúde.

Saiba também o que empresas como NAGIS, ECOM, POSITIVO Informática e MICROSOFT  fizeram. Veja como a Unimed Juiz de Fora conseguiu implementar ações simples para redução da sinistralidade, que resultaram em economia de milhões de reais.

Ao final, será o lançamento nacional da CENTRAL DE PARECERES, um serviço que faz a intermediação com médicos especialistas no Brasil e no mundo para emissão de pareceres que subsidiam tecnicamente a auditoria nos planos de saúde.

Mais informações: www.nagis.com.br

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br